A celebração do Haggadah no pós encontro do Santíssimo Sacramento, marcou o início da semana mais importante para nós cristãos, e foi realizada com riquezas de detalhes, todos vestidos a caráter e muita dedicação para nos mostrar o significado e porque das coisas, para nos ajudar a entender como a Páscoa ou Pessach era celebrada pelos Judeus antes da Páscoa que conhecemos hoje, por Jesus.
A páscoa Judaica é celebrada há mais de três mil anos, da mesma forma Cristo a celebrava todos os anos, até seu último ano de vida. Durante a última celebração aos 33 anos, ele instituiu a Sagrada Eucaristia, que para nós é a prova do Deus Vivo em nossas vidas.
Ao chegarmos ao salão da Igreja fomos instruídos ao rito de purificação, onde o ato de lavar as mãos manifesta a purificação interior daqueles que participam do ritual.
No salão haviam muitas velas, que simbolizam a luz, luz que representa Cristo, "a luz do mundo".
A ceia era composta por vários elementos, cada um com uma representação, o Cordeiro Pascal para que pensássemos em Jesus, o verdadeiro Cordeiro, o pão ázimo (pão sem fermento), símbolo de aflição de nosso povo que fugiram as pressas do Egito e não tiveram tempo para fermentar a massa, a Harozé (mistura de maças, canela e vinho), lembrança da argamassa usada pelo povo Hebreu na construção dos palácios e pirâmides, a água salgada simbolizava as lágrimas derramadas pelos hebreus no tempo da escravidão, ervas amargas e o cálice de vinho (na verdade suco de uva, devido ter sido voltado para os jovens) simbolizando o sangue de cristo e a dança, em ação de graças.
Assim, realizamos todos os ritos desta celebração, remetendo nossa memória aos acontecimentos passados, à trajetória de Cristo e a todas as suas mensagens de paz, amor e libertação.
Na última ceia, Jesus juntamente com seus Apóstolos, seguiu o ritual, comeu o pão, bebeu o vinho, dizendo: "Isto é o meu corpo... isto é o meu sangue... façam isto em memória de mim".
Pâmela Ferreira
