Saímos do Centro Comunitário e fomos
para o metrô onde encontramos com mais jovens e de lá partimos para a visita.
Chegando ao museu fomos receber as Pílulas do Frei Galvão que são entregues
pelas Irmãs Concepcionistas da Ordem da Imaculada Conceição através de uma
porta giratória. E não podemos nos esquecer do recadinho né Tia Vanessa rsrs “Não colocar a cabeça na roda”.
Frei Galvão é o primeiro Santo
Brasileiro e foi canonizado em 11 de Maio de 2007 pelo Papa Bento XVI após seus
milagres serem reconhecidos pela igreja.
O Mosteiro da Luz foi fundado em
1977 e é a única edificação colonial do século XVIII, suas construções são
originais e preservadas ate hoje. Todo o projeto foi idealizado pelo Frei
Galvão e demorou cerca de 40 anos para ficar pronto. A construção foi feita com
barro, esterco, madeira e cordas para dar firmezas nas paredes; e o Frei Galvão
veio a falecer antes da conclusão da obra. Ele está enterrado na Igreja do Mosteiro.
Em 1943 foi tombado como monumento
arquitetônico de interesse nacional e em 1970 houve um acordo entre o Governo
do Estado de São Paulo e a Cúria que a partir de então o Mosteiro também
abrigaria as obras Sacras do Brasil e de outros lugares do mundo como Portugal
e Itália que até então somente o Clero tinha acesso. Em 1970 é fundado o Museu
de Artes Sacra de São Paulo e todo o acervo do museu começou a ser formado por
Dom Duarte Leopoldo e Silva, primeiro Arcebispo do Estado de São Paulo.
Hoje vivem cerca de 13 Irmãs Monjas
enclausuradas no Mosteiro da Luz, que já chegou a abrigar cerca de 60. São elas
que fazem as Pílulas e distribuem para os fiéis. As Irmãs dessa ordem só tem
contato com outras pessoas quando tem a necessidade de uma consulta médica ou
algum parente enfermo. O último registro da saída das Irmãs foi na visita do
Papa João Paulo II ao Brasil.
Elas mesmas produzem os alimentos
que consomem, cultivam as suas hortas e também recebem doações dos fiéis que
visitam o mosteiro. Elas também possuem seu próprio cemitério dentro do
Mosteiro.
Para entrar no Museu fomos recebidos
pelo Monitor que nos deu algumas orientações do que pode e o que não pode ser
feito em qualquer Museu. Fica a dica: nada de comida, não por as mãos nas obras
e para fotografar só é permitido sem o flash.
Já na primeira sala que entramos é
possível perceber como a construção foi feita e tem a réplica de uma tela com a
fachada que não é possível saber se o Frei Galvão desejava que fosse a do
Mosteiro ou já era um novo projeto. Na sala seguinte e nos corredores existem
obras grandiosas por suas belezas e também por seu valor emocional.
Curiosidade: o Bairro da Luz tem
este nome porque existia uma Capela com a imagem de Nossa Senhora da Luz e as
pessoas sempre usavam como referência para dizer aonde iam ou indicar o lugar
para as outras pessoas, e assim ficou definido que o Bairro chamaria Bairro da
Luz.
A experiência de poder conhecer e
ver tão belas obras foi realmente maravilhoso. Todas as historias do Mosteiro e
sua construções, das Irmãs Monjas e de Frei Galvão me trouxeram mais
curiosidade para buscar e conhecer ainda mais sobre suas historias de como viveram
e vivem até hoje. Voltarei lá para descobrir mais coisas porque tenho certeza
que cada visita reserva uma nova experiência.
As obras lá expostos e toda a
estrutura nos levam a uma viagem ao passado sem contar que não é só um museu,
mas também Santuário belíssimo de toda nossa historia Cristã. Já tinha ouvido
falar das pílulas do Frei Galvão mas nem imaginava como elas eram distribuídas
e feitas, recebi quatro novenas e uma delas já dei para minha Madrinha que a fará
em busca da cura de um problema sério na perna que dificulta sua locomoção.
Recomendo a visita porque o lugar é
maravilhoso, inspirador e possibilita caminhar por aqueles corredores
apreciando o que há de mais bonito na arte sacra. No meio, tem um jardim de inverno
de onde você não quer nunca mais sair, e a igreja também é linda e dá até para
ouvir as Irmãs rezando próximo ao altar. Não conseguimos vê-las, mas suas
orações são realmente encantadoras e chegam a invadir nossos corações.
Para os que desejarem pode deixar os
seus pedidos em um cestinho próximo ao túmulo do Frei Galvão que fica no altar
dentro da igreja.
Agradeço a Tia Vanessa e Tio Nauber
por esta tarde maravilhosa, pelo conhecimento adquirido e também por todo o
carinho com o grupo na visita. O lanche preparado pela mãe do Tio Nauber estava
maravilhoso.
Marina Fernandes